Violência Física e Psicológica no Casamento

Violência Física e Psicológica no Casamento

     Como saber se sua relação está marcada por algum tipo de violência?

Todo casamento ocorre entre duas pessoas com histórias e vivências diferentes.

Sempre é necessário que existam adaptações de ambas as partes  para que a harmonia se mantenha.

É claro que em toda relação as discussões acontecem quando dois pontos de vista diferentes se chocam.

É necessário diferenciar discussões saudáveis daquelas em que as divergências se tornam agressivas.

A maneira como formatamos a relação é que define a situação de violência.

Marie-France Hirigoyen (2005), psiquiatra e psicanalista, aponta uma assimetria nas relações violentas.

Essa assimetria existe na medida em que um dos parceiros vê no outro a satisfação de todas as suas necessidades e desejos.

O membro que se coloca “acima” não considera ou respeita o outro como um ser ativo na relação.

Nestes casos pode acontecer um desrespeito a identidade do parceiro.

Geralmente esta relação desequilibrada permite que um dos dois exerça um domínio sobre o outro, “confirmando” a condição de superioridade (pag. 14).

É difícil ter a clareza sobre o momento em que o relacionamento deixou de dar espaço para que cada um se coloque sem receio e para conversas respeitosas e produtivas.

Às vezes até a agressividade (dentro de limites) pode possuir um caráter sadio e natural, desde que mantenha o espaço do diálogo.

Observem a diferença entre diálogo e monólogo pois este é o caso em que a agressividade impede a troca entre o casal.

Outra questão importante é a necessidade da reflexão para avaliar a violência.

Muitas vezes vem disfarçada em controle financeiro, assédio moral e até como violência sexual.

É muito frequente que fatores externos a relação sejam utilizados para justificar a violência.

Entende-se que é reação ao uso de álcool ou drogas, falta de dinheiro ou o estresse que a vida moderna traz.

É importante entender que o uso da agressão pode estar potencializado por estas questões mas temos que ter a clareza de que não são a fonte de desajustes no casal.

São tantas as variáveis envolvidas que o apoio terapêutico se faz necessário.

A violência inibe a capacidade de pensar sobre o próprio papel dentro desta dinâmica, que pode se tornar cada vez mais rígida.

A terapia, tanto individual quanto de casal, contribui para entender as razões da situação conflituosa e dos papéis e funções que os parceiros estabeleceram na relação desarmônica.

A partir deste entendimento é possível que as experiências adquiram um novo significado e novas perspectivas e planos possam ser criados.

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